Estamos
encerrando uma era e adentrando em uma nova.
Hoje temos cálculos de que bastam apenas três anos para que o
conhecimento humano dobre seu volume.
Daqui a pouco mais de um século, iremos ver os atuais dias de hoje como agora
olhamos para nossa remota idade média. A
morte, o maior medo do ser humano, será então dominada daqui a cerca de 150
anos. O homem terá a tecnologia para permanecer vivo e jovem indefinidamente,
através da engenharia genética, da clonagem e da nanotecnologia. E ainda será
possível ir além, ou melhor, vir do além! Pasmem, pois após mais cerca de 80 anos, o
homem conseguira trazer de volta à vida pessoas recém mortas! Porém, nesta
época, ainda será um mistério compreender se o ressurreto seria apenas uma
cópia da personalidade morta ou então seria mesmo a própria personalidade
original que retornou à vida. Esta tecnologia baseia-se em que nossa mente é
apenas uma frequência específica que habita um receptor: nosso cérebro. Uma vez
criada uma cópia geneticamente exata de nosso cérebro e ajustada para receber a
mesma frequência de nossa mente original, poderíamos “recepcionar de volta esta
freqüência” e teríamos o reviver idêntico ao nosso, inclusive com as mesmas
memórias.
A
maior solução para a grande maioria dos problemas da sociedade será a
definitiva extinção do papel moeda circulante. Tudo será transformado em
crédito eletrônico, não existira mais dinheiro palpável que passe de mão em mão
e possa ser oculto, subtraído ou ilícito. O crime de roubo e outros afins serão
impossíveis. Sequestros, tráfico de drogas, sonegação e outros muitos crimes, nada
mais poderá escapar das vistas das autoridades e de sua fiscalização, não
havendo mais como justificar o dinheiro ilícito. Quem tentar burlar a lei terá
seus créditos eletrônicos bloqueados e assim não terá meios para sobre-existir
neste admirável mundo novo, obrigando este a se apresentar à justiça para ter
sua sobrevivência assegurada.
O
regime político cada vez mais se aproximará do anárquico, ou seja, sem poder
central, sem governantes absolutos. Cada indivíduo manter-se-á independente,
porém unido à coletividade e pagando por aquilo que desejar. Cada um cuidará de
si mesmo, mas respeitará o coletivo em uma união de natureza sinérgica,
equilibrada e perfeita.
Haverá
o sistema chamado de Monitorização Plena e Total. Sistemas de satélites
especiais produzirão imagens de todos os cantos da Terra, não havendo barreiras
físicas que poderão ocultar nada de sua visão e gravação. Também haverá
sistemas de gravação áudio-visual individuais, implantados na maioria dos seres
humanos. Estas pessoas, portadoras destes recursos, terão suas memórias
gravadas e a comprovação de álibis e justificativas que servirão às suas
conveniências.
Também,
através do avanço da engenharia genética e da nanotecnologia aplicada, animais
domésticos como os cachorros passaram a falar e a expressar suas emoções de
forma ainda que rudimentar. Este avanço será mantido sobre controle e terão
aplicadas limitações para não haver um descontrole exacerbado e descontrolado em
relação à evolução artificial destas espécies.
Através
da união e cooperação entre os seres humanos, estes passarão a controlar o
mercado pelo poder pleno e total do consumidor, remodelando o atual sistema de
mercado e provocando a inversão de suas atuais leis, passando a criar um
círculo virtuoso econômico onde o aquecimento de mercado gerará a deflação dos
preços. Enfim, este sistema econômico de
mercado colocará a fartura à disposição de toda a sociedade com uma ampla
distribuição de riquezas para todos, corrigindo a falha do atual sistema
capitalista que hoje assola a população e que tem seus dias contados. Esta
reforma no modelo econômico vem sendo profetizada há séculos e tem seu início
em nosso atual tempo, sendo culminada em aproximadamente um século à frente
ainda.
Enfim,
os seres humanos estarão cada vez mais associativos e interligados, unindo
forças e comemorando suas conquistas, menos voltados ao individual e mais
abertos ao coletivo, trabalhando em prol da sociedade perfeita e, assim, em total
conformidade com o que se profetiza pela entrada na nova Era de Aquário que
sucede a atual Era de Peixes. Restará apenas a nostalgia da época do
individual, onde o romantismo era cultuado pelo medo e pela espera do
imprevisto, ou seja, onde poeticamente vivíamos sobre fortes emoções pelo
incerto e pelo duvidoso.
Por
fim, obviamente teremos ainda muitas outras novidades, mas para estes casos,
poderia eu apenas fazer meras suposições!
Gilson Del Lama - Societatis Unionem Phoenix